Será que tenho Dependência Emocional Patológica?
- saudepsicofisica

- 24 de jan. de 2022
- 3 min de leitura
A dependência emocional pode acontecer quando você não possui boa autoestima, quando duvida de si mesmo e coloca muito valor no outro em detrimento de si mesmo.
Esse tipo de dependência pode ocorrer em amizades, namoros, relações familiares e de trabalho. Geralmente ocorre em relacionamentos conjugais.
A possessividade e ciúmes extremos, são alguns dos sinais que nos ajudam a identificar a dependência emocional.
O sentimento de posse é um dos sinais de alerta da dependência emocional, e talvez seja mais evidente em relacionamentos amorosos. Pode ocorrer em um ou ambos os parceiros, e é uma necessidade que se expressa em ações como isolar o outro do convívio de amigos e familiares, ou evitar que a pessoa tenha contato com outras pessoas.
Exemplos: Deixar de fazer algo que você gosta porque acredita que incomodaria seu parceiro, ou ainda porque não há tempo diante das demandas do outro, pode ser outro sinal de que o casal está numa relação de dependência emocional.
Isso tudo pode acontecer, porque a pessoa sente que há um vazio dentro de si, que pode ser preenchido somente por outra pessoa.
E mesmo quando esse vazio não diminui, a pessoa pode acreditar que em breve, no relacionamento dependente, ele deixará de existir. E assim, a dependência emocional pode se perpetuar.
Podemos nos perguntar a origem da dependência emocional, afinal, como alguém se deixa envolver, ou mesmo buscar ativamente esse tipo de relacionamento?
Acontece que muitas vezes esse é o tipo de modelo de relacionamento que vemos reproduzido em diferentes lugares, mesmo em nossas famílias, e assim se tornam nossas referências.
A percepção de pouco amor e carinho na infância ou adolescência, que recebemos de nossos cuidadores ou até mesmo de outras pessoas, podem se tornar um marco em nossas vidas que levamos como um fardo.
A dependência emocional pode vir de uma busca para suprir essa ausência de carinho, que trazemos em nossa história, ou de outro mecanismo de recompensa, parecido até com o da drogadição.
O que se sabe é que a dependência emocional é um fenômeno multifatorial.
Alguns especialistas acreditam que a dependência emocional, pode ser definida como um transtorno aditivo, no qual a pessoa desenvolve uma dependência do outro para manter seu equilíbrio emocional.
Isso pode trazer um apego patológico ao outro, e trazer consequências ruins para quem vive a dependência emocional.
Não é difícil encontrar pessoas que se veem envolvidas numa relação de dependência emocional, mas acreditam que essa dependência seja “normal”.
A dependência emocional também pode estar associada a transtornos alimentares, transtornos ansiosos, depressão e outras síndromes psicológicas.
A pessoa quer sempre mais do outro, como numa compulsão sem fim.
Pensando do ponto de vista neuropsicológico, essa dificuldade se dá, também, pela maneira como os sentimentos se processam em nós num relacionamento amoroso, nos trazendo sensações através dos mesmos processos neurais das substâncias psicoativas.
Ou seja, essa dependência emocional se assemelha a uma “dependência” de alguma outra droga psicoativa. E do mesmo modo podemos sentir uma fissura em alguém, e não conseguirmos abandoná-la. Pode-se vir a sofrer de uma síndrome de abstinência do relacionamento!!!
Para evitar a dependência emocional e seus efeitos deletérios em nossas vidas é preciso que haja autovalorização e independência em nossa vida.
Dito de outro modo, podemos procurar estabelecer relacionamentos que nos ajudem a evoluir, que nos tragam amor, carinho, compreensão e outras vivências positivas, especialmente conosco mesmos.
Aproveitar da própria companhia e não buscar relacionamentos como forma de alívio momentâneo, pode ser um caminho para evitar a dependência emocional.
É claro que é mais fácil falar do que fazer essa mudança acontecer para quem já se vê dependente emocional de alguém.
Mas para isso você pode contar com ajuda especializada.
Para entender mais sobre a forma de se relacionar consigo e com o outro, é indicado procurar um psicólogo.
Maria Lúcia Pesce
Psicóloga Clínica
CRP 06/13.333
@psicologa.marialuciapesce
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