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Um alerta aos pais: a brincadeira Round 6

  • Foto do escritor: saudepsicofisica
    saudepsicofisica
  • 15 de out. de 2021
  • 3 min de leitura

Nos últimos dias presenciamos um avanço na quantidade de crianças e adolescentes comentando uma série (round 6) que tem classificação etária para 16 anos. PORTANTO NÃO É INDICADA PARA CRIANÇAS.

Qual é a diferença dessa série do fato que fomos criados vendo bigornas esmagando personagens? Por que essa série chama tanto a atenção das crianças? A questão é que eles fizeram uma série contendo elementos do universo infantil com musiquinhas, bonecas, fantasias, brincadeiras do contexto infantil amarrado a violência. A diferença está nos elementos, a criança quando vê o Papa léguas, o Tom querendo acabar com o rato Jerry, isso é fantasia , já essa série trás elementos da vida real, é como se quisesse passar a mensagem de que não tem problema usar de violência com as pessoas desde que se conquiste dinheiro e bens materiais. Dessa forma, vemos a exposição das crianças à temas que elas não estão preparadas.

Como podemos lidar com isso? Primeiro: não proiba o assunto dentro de casa, ao contrário deve haver o diálogo sempre que surgir a curiosidade dos filhos. Não podemos proibir o assunto pois precisamos ouvi-los, nós adultos somos a fonte mais segura de devolução para eles.

Segundo ponto é que as pesquisas em neurociências comprovam que quando a criança é exposta a conteúdos violentos, ela assimila pensamentos agressivos, sentimentos de raiva, dificuldade de controlar reações físicas mesmo que sejam em situações corriqueiras (lógico que tudo tem haver com contexto).

De acordo com a neuropsicologia crianças e adolescentes têm períodos distintos de desenvolvimento físico e cognitivo. As crianças ainda não tem maturação cerebral para compreender esse conteúdo violento. Nós adultos quando assistimos algo violento por vezes tapamos os olhos para não interiorizar aquela cena, já a criança não sabe fazer essa separação de conteúdos que ela não da conta emocionalmente falando, então o cérebro cria um processo de dissociação daquele momento, porém depois ela não sabe separar e transfere isso para outras situações. Sobre isso, está comprovado cientificamente que quando a criança é exposta a conteúdos violentos de forma contínua, infelizmente elas tem uma redução na sensibilidade à violência e vai perdendo também a empatia.

O cérebro da criança está em construção e esse tipo de conteúdo propicia um aumento nos níveis de impulsividade e pode levar ao desenvolvimento de quadros de ansiedade, insegurança, entre outros. As crianças não conseguem controlar essa parte que está sendo afetada no sistema cognitivo e isso pode refletir no processo de aquisição da aprendizagem, pois, uma criança angustiada, nervosa, sem saber lidar com essas reações incontroláveis, não consegue ter atenção e concentração nos momentos de estudo.

Terceiro ponto muito importante é que, deve haver equilíbrio no uso das tecnologias, a criança também precisa ler, brincar com os colegas, fazer atividades físicas, ter atenção dos pais em momentos lúdicos com a família, essas atividades são extremamente benéficas para o desenvolvimento socioemocional das crianças e adolescentes.

Algumas crianças estão questionando os pais dizendo que querem assistir porque seus colegas assistiram.... É neste momento que os pais podem ensinar que eles (filhos) não precisam fazer tudo que os outros fazem só para se sentirem aceitos em determinados grupos. Deixe o diálogo acontecer, porém, as regras devem ser estabelecidas e respeitadas.

As vezes os pais tem a sensação de que amar é dizer sim para o filho não ficar triste, mas na verdade amar também é saber dizer não em momentos como este, pois o sim e o não dos pais é sempre com qualidade e embasamentos pertinentes.

E se der tudo errado e seu filho acabar assistindo sem sua autorização, saiba que os pais são a rede de apoio que os filhos tem, neste momento o mais importante é o diálogo. Pergunte como ele (ela) se sentiu ao assistir a série, e a partir dai inicie um diálogo com muita tranquilidade nas palavras.


Maria Lúcia Pesce

Psicóloga Clinica

@psicologa.marialuciapesce

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