Nossa Criança Interior Ferida: Teoria de Carl Gustav Jung
- saudepsicofisica

- 13 de out. de 2021
- 3 min de leitura
Você já parou para pensar por que certas situações são tão difíceis de serem resolvidas?
O quanto uma pequena situação acaba causando uma desorganização emocional enorme?
Você sabia que tais dificuldades podem estar relacionadas a nossa criança interior negligenciada?
Mas, como assim? Vou explicar.
Segundo a teoria de Carl Gustav Jung, psiquiatra e psicoterapeuta, cada um de nós carregamos uma criança interior, que nada mais é do que a criança que fomos um dia. Ela vai nos acompanhar durante toda a nossa trajetória de vida e influenciar em nossas decisões e comportamentos no cotidiano. Mesmo que tenhamos atingido a idade adulta, alguns dos nossos comportamentos continuam sendo exatamente iguais aos de quando éramos crianças.
A criança interior é o nosso verdadeiro EU, aquele “eu” bem profundo dentro da gente, que corresponde a nossa verdadeira essência, que aparece quando fazemos coisas que nos dão prazer e nos fazem bem.
E quando inicia esse processo?
A infância é um período que vai desde o nascimento até em torno dos 13 anos de idade. Esse momento da nossa vida é marcado por um grande desenvolvimento físico, neurológico e psicológico, envolvendo fortes mudanças na formação da personalidade. O desenvolvimento da criança implica uma série de aprendizagens que serão essenciais para a sua formação futura na idade adulta.
De maneira geral, temos dentro de nós que a infância é aquele período cujas demonstrações de amor, carinho, acolhimento e convívio foram perfeitas, porém, essa é uma infância idealizada e não real. Nossos pais ou cuidadores erraram e muitas vezes sem saber. E aí, quando crescemos, projetamos (repassamos) nas pessoas, ou até mesmo nos nossos filhos aquilo que vivenciamos.
Se pudéssemos voltar no tempo e assistir da plateia, como foi essa infância, perceberíamos que nem tudo foi um lindo “conto de fadas”. Nossos pais também tiveram ancestrais difíceis, e a maioria de nós nascemos de pais que carregaram seus próprios traumas não resolvidos, herdados de seus próprios pais/criadores.
Como identificar os traumas para curá-los?
Nossa mente é poderosa na hora de criar defesas para fugir do que sentimos.
Segue algumas situações que podemos identificar para modificar e dessa forma obtermos a cura:
• Dificuldade em dizer “não”;
• Sentir-se responsável pelas emoções dos outros;
• Sentimento de perseguição e inferioridade;
• Senso de competitividade;
• Medo de críticas,
• Resistência a mudanças,
• Profundo medo de abandono nos relacionamentos; sentimento de rejeição;
• Medo de se expressar ou até mesmo de se defender;
• Vergonha de se posicionar;
• Tenta sempre ajudar ou “salvar” alguém, mesmo que você fique em segundo plano;
• Chora por tudo;
Por trás de todo adulto bravo, rancoroso ou desconfiado, existe sempre uma “criança interior ferida”. Por isso, é importante manter um diálogo interno contínuo, a fim de compreender e racionalizar situações difíceis que já vivenciou e venha enfrentar, para que assim possa desapegar dos possíveis traumas gerados.
É preciso saber acolher todas as partes da nossa “criança interior”, tudo o que ela traz, tanto as boas quanto as memórias ruins, para que estejamos livres para encontrar e, melhor ainda, expressar a nossa verdadeira essência.
Um bom exercício para fazer “as pazes” com a “criança interior”. Realize num momento que estiver sozinho e concentrado.
Repita as seguintes frases para sua criança interior:
• “Eu te acolho”;
• “Você está segura agora, eu te protejo”;
• “Você não precisa ser o que não é para agradar os outros, e eu também não preciso ser assim”;
• “Nossos pais são seres humanos feridos também, que podem ter projetado/repassado inconscientemente seus traumas em nós. É importante perdoá-los”;
• “Eu te amo, eu me amo.”
Você vai começar a perceber que, quando ouvir e acolher essa “criança interior”, uma força quase sobrenatural vai se despertar trazendo coragem, entusiasmo, equilíbrio e a capacidade de transmitir o verdadeiro amor a nossa volta e a nossa família.
Isso se chama AUTO CURA. Curar essa “criança ferida” será tão divino que você poderá estar rompendo um padrão de vida, capaz de perpetuar para as próximas gerações.
Maria Lúcia Pesce
Psicóloga Clinica
@psicologa.marialuciapesce
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