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Até quando tomar os anti depressivos?

  • Foto do escritor: saudepsicofisica
    saudepsicofisica
  • 4 de mar. de 2022
  • 2 min de leitura

Uma dúvida frequente dos pacientes com relação ao tratamento com medicamentos antidepressivos, usados para depressão e também para diversos transtornos de ansiedade, é por quanto tempo esse tratamento será necessário.

Para responder a essa pergunta, o médico deverá sempre avaliar o risco individualizado para cada paciente de ter uma recaída da depressão ou do transtorno de ansiedade no futuro.

De acordo com os estudos científicos, a partir do momento em que o paciente tem a remissão completa de seus sintomas depressivos e/ou ansiosos, a chance de recaída é maior nos primeiros 6 a 9 meses seguintes. Por isso, em geral, os médicos costumam recomendar a todos os pacientes manter o tratamento medicamentoso por NO MÍNIMO 6 a 9 meses depois de ficarem sem sintomas, com os remédios nas mesmas doses que foram capazes de remitir o quadro.

Isso é apenas o tempo mínimo geralmente recomendado, que pode aumentar de acordo com a presença do que chamamos de fatores de risco para recaída. Alguns desses fatores de risco são:

  • Episódios depressivos anteriores considerados graves.

  • Mais do que 2 episódios depressivos anteriores na vida.

  • Presença de sintomas residuais de depressão ou ansiedade.

  • Grau de resistência ao tratamento do último episódio depressivo (isto é, se o paciente necessitou testar vários antidepressivos em doses efetivas até conseguir melhorar).

  • Histórico de transtornos de humor na família.

  • Presença de estressores importantes na vida do indivíduo (exemplos: dificuldade de lidar com o estresse ou outros aspectos da vida profissional, perda de entes queridos, conflitos familiares importantes).

Quando alguns desses fatores de risco estão presentes, o médico então poderá estender esse prazo de manutenção do remédio para 1 a 2 anos.

Em particular, para os pacientes que já apresentaram 3 ou mais episódios depressivos na vida, ou que tiveram um episódio depressivo grave (com tentativa de suicídio, sintomas psicóticos, emagrecimento importante etc.), costuma-se recomendar que continuem tomando a medicação indefinidamente a longo prazo, com acompanhamento médico, sempre discutindo e rediscutindo isso periodicamente com seu médico.

Isso porque a depressão nesses indivíduos, com fatores de risco pode ter um caráter crônico, com muitas recaídas ao longo da vida, e um indivíduo que já teve algum episódio depressivo de maior gravidade, tem maior risco de recair com novos episódios também graves.

É importante ressaltar que as medicações antidepressivas não causam dependência ao indivíduo, então não há razão para se preocupar com isso! O que ocorre é que muitas vezes a depressão pode requerer mesmo um tratamento de longo prazo, assim como é o caso de outras doenças crônicas, como a hipertensão, o diabetes e a asma, que, via de regra, necessitam de medicações a longo prazo que também não causam dependência.

Por último, fazer psicoterapia é essencial e os estudos mostram que pode ajudar a diminuir o risco de recaída na hora que se for tentar parar com a medicação. Lembrando que a decisão de parar com a medicação deve ser sempre uma decisão feita em conjunto com o seu médico. Interromper o tratamento por conta própria pode ser extremamente perigoso!


Maria Lúcia Pesce

Psicóloga Clínica

CRP 06/13.333

@psicologa.marialuciapesce

whatsapp 11 9 8820-8408

www.saudepsicofisica.wixsite.com/website (blog conteúdos)



 
 
 

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